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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Um Fado com Gosto de Vinho

Um fado com gosto de vinho
uma dose de melodia
encharcado de melancolia
que mancha meus lábios
mancha o resto de sentidos que levo no peito
pelas ruas ecoam
vozes e suspiros
vozes dos que cantam
suspiros daqueles que se apaixonam na praça junto ao mosteiro
mais um fado nessa mesa
mais uma taça de vinho
com a visão turva
embaçada pelas lagrimas
essa tristeza que bebo
esse fado que escuto
tira de meu peito este desalento
ficando solto no ar
transformando-se em cantiga
vou me assim desocupar este lugar
seguir pela rua Augusta
em uma Lisboa que desperta
e como um eterno amante
levo este fado junto ao peito e as manchas de vinho em meus lábios
e as marcas e as lágrimas eu deixo sobre a mesa.

Um comentário:

  1. Parabéns Eduardo pelo poema.Um fado tem seu valor.....
    Belíssimo poema, parabéns.
    Um ótimo fim de semana.
    Abraço.

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