Powered By Blogger

domingo, 27 de abril de 2014

Um Café ao Guaíba

Engraçado, irônico, patético, desesperador... Como o ser humano tornou-se automático no seu viver, contemplando uma paisagem por uma pequena tela de celular, ocupado de mais para levantar a cabeça e ver a imensidão a sua volta e ocupado de mais com ruídos em seus ouvidos em um esforço extremo de não escutar os sons de uma cidade a sua volta.
Escrevo isso pelo fato de estar sentado ao lado do Guaíba degustando um expresso duplo, sem açúcar por favor, ao qual dão o nome de São João, mais precisamente na Casa de Cultura Mário Quintana que fica na Rua dos Andradas ma grande Porto Alegre de encantos mil, mais precisamente ainda no Café Santo de Casa, um lugar mágico, digno de um livro.
Muitas mesas vazias e algumas ocupadas e estas que estão ocupadas muitas das pessoas que estão sentadas, estão ocupadas, ocupadas com seus celulares e fones de ouvido, ocupados para admirar as águas turvas do grande Guaíba, onde o sol que brilha com certa dificuldade,como em um esforço de ser notado, mas é em vão, tudo isso sobre o céu manchado por grandes nuvens cinzentas, algo que apenas minhas palavras não podem descrever.
Pena que boa parte do mundo anda ocupado de mais para levantar a cabeça e ver, pena que as pessoas de hoje se preocupam em postar uma foto ou status de que estão olhando o Guaíba, ou qualquer outra coisa, mas apenas por uma pequena tela, tão limitada quanto suas vidas.

Por qualquer poesia

Por qualquer poesia
que alegre o dia
ou que faça sonhar

Ao Léu

....Atirado ao léu
atirado ao mundo
caminhos e lugares conhecidos e desconhecidos
em cada canto uma nova casa
uma nova moradia
uma nova vida....

Empalado por Ilusões

O ser humano é empalado
por suas ilusões , em cada necessidade extrema
de se afastar de sua realidade

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Fantoches do Homem

Na mão direita do homem um fantoche de santidade que recebeu o nome de Deus.
Na mão esquerda do mesmo homem outro fantoche, vestido e incumbido do pecado, ao qual recebeu o nome de Diabo.  
No centro, o próprio homem com sua hipocrisia de nascimento e em seus lábios um doce sorriso amável.  

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sopro de vida Sopro de Morte

E tão cedo desenganada por um homem com um Doutor antes do nome, mas que mal sabia sobre a vida e apenas conhecia aquilo que os livros lhe ofereciam.
Ela seguia sem se importar, mas sabendo que um dia embaixo do chão, bem antes do previsto poderia estar.
De cuidados sua infância foi feita, mas quem poderia segurar aquele pequeno pedaço de vento, que corria e sobre os muros e telhados conquistava um pôr do sol  diferente a cada novo dia.
E que no fim do dia e no começo da noite a luz da lua a embalaria seus sonhos noturnos.
Dia após dia vivendo com a sombra da morte, mas que era algo que nunca a abalaria, cresceu e uma linda jovem tornou-se, linda muito além de um sentido estético, linda naquilo que poucos do mundo o tem, linda em uma flor pequena entre outras tantas ou um fim de dia de inverno ao sol.
Um sopro não de morte como se pensava, mas um sobre de vida uma vida de palavras, onde ela seguia e seguia sem pensar em sua morte, pois ela sabia que dessa ela nunca escaparia, mas se vou morrer que seja bem aproveitado em uma vida tão bela para que do outro lado não seja contestada.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nosso Zé de Cada Dia

Em cada esquina um Zé e em cada vida um Zé, em cada rua, em cada casa, em todos os lugares um Zé.
Zé é povão e também burguesia, ele é o rico e o pobre, o que serve, o que limpa, o que paga e o que cobra ele é Zé assim como todos os outros.
Mas nem todo Zé é igual ao outro, cada um é diferente, infelizmente nem todo Zé tem o direito de ser um Zé.
Aquele ali é o Zé coitado trabalha e trabalha e nunca tem nada, mas o Zé seu patrão tudo tem e paga tão mal, o Zé pouco se importa com o Zé e no fim é sempre a mesma coisa.
Existe o Zé político que adora uma gravata, anda para cima e para baixo apertando mãos e sorrindo sempre tão amigável pena que é apenas em época de eleição, e por onde passa é um rebuliço tudo que é Zé vai correndo ver o seu político, e pede e pede de tudo e mais um pouco, de contas de luz a batizados de vizinhos e o Zé apenas ri e o outro Zé acredita.
Na frente da tv pela noitinha os Zé se reúnem com toda família, Zé de todas as idade e todos os gostos para ver o Zé apresentador com sua voz de locutor e seu boa noite tão clichê, depois vem a novela e atenção prevalece.
Tem muito Zé espalhados por ai, de tanto que se perde nas contas, o mundo todos é feito de Zé, Zé Carioca, Zé ninguém e Zé tudo tem....
De Zé o mundo está cheio, mas nem todo Zé é um Zé, alguns são outras coisas e algumas coisas também são Zé.

Tudo é Poesia

Nem tudo são flores 
mas tudo é poesia 
Nem tudo é amor 
mas no fim sempre é poesia 

Nem tudo são dores 
mas a dor poetizada é muito mais aceitada 
Nem tudo é morrer 
mas até na morte podemos escrever 

Nem tudo é viver 
mas tudo é poesia

sábado, 19 de abril de 2014

Jogatinas da Terceira Idade

E de segunda a sexta Dona Maria era uma senhora, mãe, vó, vizinha, amiga e conhecida comum tão igual qualquer outra, com seus setenta anos, cabelos brancos e coluna curva, dores aqui e dores ali, nada diferente do que qualquer outra senhora com tantos anos de vida como ela.
Mas toda sexta tudo isso mudava, Dona Maria colocava seus chinelinhos ortopédicos, tão confrontáveis e seu chambre de cor creme e sentava para esperar suas visitas.
As dezenove horas em ponto elas chegavam, Dona Ceci, Dona Jussara, Seu Neneco e Seu Pedrinho, todos compartilhando de suas experiencias de vida e mais um tanto de coisas entre elas a visão turva, osteoporose, diabetes, reumatizamo... Mas isso era apenas alguns entre tantos outros problemas, sem citar os relacionados com os netos, filhos e aposentadoria, enfim um monte deles, mas que tudo ficava da porta para fora, ali dentro eles não tinham espaços.
Uma grande mesa redonda muito bem alinhada já os aguardava, sobre ela uma toalha verde escura e em cima cartas e fichas cada uma com um valor diferente, as brancas eram dez, vermelhas cinco e as laranjas um, pouco a pouco cada um foi ocupando seus lugares a mesa o mesmo lugar toda semana, cada um em sua cadeira, cada um em seu lugar.
As cartas são embaralhadas e uma a uma contada até chegar o número nove, nove cartas em cada mão e em cada face um olhar que tentava distinguir os movimentos dos outros.
-Fichas na mesa e vamos jogar... Diz Dona Maria.
Carta a carta, par a par, eram necessários três e o primeiro que conseguisse levava todas as fichas da rodada, e noite a dentro, ficha a ficha e carta a carta iam todos eles e nem as dores que aquelas cadeiras desconfortáveis lhes causavam eram motivos para pararem.
Pela manhã bem cedinho cada um pegava suas dores, desilusões , experiencias de vida e tudo mais e voltavam para suas vidas normais, ao menos até a próxima sexta feira pra mais uma noite onde as cartas e fichas valem muito mais que dores e idade.


Eco

E na solidão
se fez presente o eco
como um amigo complacente
mas que apenas repetia
e nada dizia
e assim ao longe se ouvia
mas quase nada se compreendia
e o eco se mantinha
inha
inha
inha
...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Luto em Macondo

E seu corpo 
deitado em suas palavras 
permanece para todo o sempre 
e aqui em minha mente ele vive 
por toda a eternidade. 
Agora ele deita e sonha 
um sonho sem fim 
mergulhado em seus personagens 
cada qual pedaço seu.
E nem cem anos de solidão passados
podem apagar suas palavras.
Mas hoje é dia de luto em Macondo 
onde sua população 
repousa sobre um ataúde 
de madeira tão simples 
todo ele entalhado com pensamentos e palavras.
E ali repousa alguns livros 
e todos eles em suas páginas
uma referência e homenagem
para Gabriel García Márquez.
Seu corpo coberto por terra 
mas suas palavras enaltecidas até o céu. 
06/ 03 / 1927 - 17/04/2014





quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pátria de Policarpo Quaresma

E não é fácil 
sem simples assim
ser herói de uma pátria sem mãe
corrompida e vendida.
Eis que o diga Policarpo Quaresma
condenado e fuzilado
mas caído morto ao chão
não é Policarpo
mas sim nossa pátria amada Brasil
E o triste fim de um homem 
carregando uma bandeira 
manchada pelo sangue 
seu sangue é o nosso sangue 
de encantos mil
Brasil! 
"...A nação anda mendiga de heróis..."


terça-feira, 15 de abril de 2014

Sombra

A sombra que passo a passo me acompanha ao meu lado e que se mantém constante a cada instante.
Ao menos naqueles momentos que o sol ou qualquer luz se faz presente.
Multiforme tem o que deseja pode ser eu em minha silhueta em negra e profunda cor, como tanto uma árvore em delicado tom ou transeuntes na calçada andando em todas as direções.
No meio fio a sombra me acompanha, me persegue em uma constante obsessão ou quem sabe sou eu que a persigo com total devoção?
Junto a mim ela sempre esta onde quer que eu vá, basta haver sol que lá ela estará.
Eu desejando ou não sua companhia ela persiste e insiste em sua sincronia, a cada passo a cada sombra ela se fixa ao meu corpo mais é mais e eu a minha sombra.

domingo, 13 de abril de 2014

No Mundo dos Sonhos

Uma pequena despedida, um até logo um boa noite, são beijos jogado ao sabor do vento esperando chegar ao seu destino é uma separação ao menos neste mundo pois em outro é um reencontro.
Cada qual em sua cama, cada qual desligando-se do mundo que conhecem e desconhecem, entrando em um lugar mutável, único e secreto.
E no fechar dos olhos ao adentrar pelo mundo do inconsistente ao entrar no mundo dos sonhos, lá estavam eles, pela única forma que podiam estar juntos, eram palavras e mais palavras de tudo e mais um pouco e calorosos abraços apertados.
Por ali tudo é possível e o impossível não entra, naquele lugar são os dois e mais um monte de seus desejos, são livros feitos de palavras e palavras que formam pessoas.
O tempo não existe, ao menos não o que conhecemos o tempo ali é o tempo das palavras, tudo ali são palavras assim como eles dois.
Por suas bocas são visíveis cada letra, cada vírgula, cada ponto final e cada sentimentos eram retratados por frases que escorriam por suas bocas formando nuvens letradas.
Era ela entre uma frase e outra que se escondia entre seus cabelos e por suas próprias palavras, um sorriso delicado aqui outro sorriso desconcertante ali, um olhar delicado e suave que somente ele tinha o privilegio de ver e sentir.
Ele por outro lado mantinha um sorriso bobo de um lado apenas da boca, constantemente sorrindo intercalando com suas palavras que quase sempre eram dedicas a ela.
Diálogos para uma vida e tantas outras que fossem possível.
Por fim silêncio as nuvens de palavras não estavam mais flutuando, as palavras não andavam nem escorriam por suas bocas, estas estavam trancadas cada qual em suas gargantas, ela se calou assim como ele, em um perfeito golpe de sincronia suas palavras foram suspensas, agora não por palavras visíveis nem sonoras, mas sim mudas ditas apenas com os olhos, seus olhares se encontram e quem sabe são compreendidas.
O despertador toca a resposta não se tem, ao menos não naquele sonho, mas na outra noite dentro do mundo dos sonhos lá estarão eles sentados conversando por palavras e pelos olhos.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quando Chove

E o mundo anda ocupado, ocupado para ver que chove lá fora, apenas preocupados com suas roupas que estão molhadas.
E o céu despenca em uma dança entre raios e trovões e o mundo apenas sabe ver um relógio.
Quando chove o mundo silencia, mas o homem continua a resmungar, proferindo desgraças para a chuva que apenas sabe chorar.
Quando chove alguns gostam de lembrar então é "I'm singin' in the rain"  e com Gene Kelly vão dançar por que se estão na chuva é para se molhar.
E quando na cama estão prestes os olhos fechar com o som da chuva começam a contar e cada splash é um número e cada gota um sonhar.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Meu Tempo de Ontem

O meu tempo de ontem me parece tão distante hoje, não sei se regredi ou se avancei, em meu próprio tempo me iludi.
Distante ou nem tanto do que ontem eu vivi ou mesmo o que comi pela manhã, o tempo anda tão apressado que nem o vi.
Percebo em minha face, corpo e estrutura as mudanças da vida as mudanças do tempo, mas por sorte ainda conservo em minha cabeça os momentos da mudança.
Lembro bem quando ainda pequeno e o mundo era visto de baixo, tudo era tão alto e inatingível e eu sempre ficava encantado com esses detalhes, grandes detalhes ao olhar ingênuo de um eu criança.
E lembro mais, lembro do tempo em que nada fazia e minhas responsabilidades eram nada menos que meu desenho animado favorito.
Ando por lugares que estão vazios, mas outrora ocupados pelo meu sorriso de menino, lá no outro lado da calçada sentado com meus amigos, discutindo sobre o mundo ou um mundo que imaginava, dando status de gente grande sobre o placar do jogo de ontem tão contente por um simples detalhe, o time que vencia pouco importava qualquer um ocupava meu coração.
O meu ontem passou tão rápido, apressei na expectativa de ser homem e virar gente, mas mal sabia eu que gente é pequena e que criança pode ser muito mais homem do que muita gente, redundante pode ser, mas é verdade e isso eu sei.
Penso na chuva e na festa que era pular na água, penso nas travessuras e nas chineladas seguintes, penso em minhas promessas e percebo que o tempo realmente não presta, ele muda e muda tão rápido e sem dó, mas conservo um sorriso no rosto e digo e afirmo que criança um dia já fui.

domingo, 6 de abril de 2014

Divagações Noturnas

De um lado para o outro na cama, sinto que estou a uma eternidade dormindo, faço um esforço mental para permanecer deitado, sei que é cedo ou tarde depende do ponto de vista, não importa, não vou levantar penso eu cá no escuro, meus sonhos são um tormento por isso que já não os tenho e em muitas noites evito sonhar e geralmente funciona muito bem, de meus sonhos pouco me lembro, mas não vem ao caso agora.
Não vou levantar, não vou levantar torno a repetir em sussurros que apenas meus ouvidos possam escutar, vou levantar, vou levantar, por que vou levantar está escuro é noite e em algumas horas vou ter que trabalhar, por que então levantar?
Ao fim que me rendo e resolvo levantar, sento em minha cama no escuro mesmo, ainda decidindo, não vou levantar, volte para a cama que o sono logo vem.
Balanço meu corpo para os lados inclinando mais ainda minha dúvida, levantar ou não levantar eis a questão.
Desisto e torno a deitar, de um lado para o outro a pensar, você tem que levantar, novamente sentado no escuro olhando para o nada, mas pensando você tem que levantar...
Então levando em um pulo só da cama, acendo a luz e fico parado ao lado da cama, ela me chama, mas meus pensamentos evitam que eu escute, venha deitar, venha deitar.
Olho para minha mesinha onde tenho alguns livros espalhados, procuro um papel e uma caneta, sei muito bem do que preciso, sei muito bem o que tenho o que fazer para dormir, tenho que simplesmente tirar tudo isso de minha cabeça e passar para algum lugar  e que melhor lugar que o papel, já que ele aceita tudo, aceitara também essas minhas palavras que insistem em não me deixarem dormir.
Escrevo quase que automático, na medida que escrevo o sono vai chegando e tomando seu lugar, devia estar por ai dando uma volta ou a lua olhando, escrevo e escrevo sem nem pensar apenas escrevo para que eu possa deitar e enfim sonhar ou não.
Linhas e linhas, parágrafos, virgulas e um ponto final, mas essas palavras não terminam aqui, levo elas junto aos meus sonhos para que lá elas possam ainda mais me atormentar.


Sempre Ela

Então ela chega assim
chega com quem não quer nada
chega chegando sem dizer nada.
Ela sussurra bem baixinho ao pé do ouvido do poeta 
ele escuta atentamente aquele pequeno soneto 
e logo arruma papel e caneta
e começa a escrever sem pressa.
Ela chega quando menos se espera 
chega em um sonho 
ou até mesmo em uma festa 
ela é imprevisível, mas sempre tão bela 
é ela tão doce poesia
sempre fazendo as donzelas suspirarem 
e os cavalheiros celebrarem 
despertando sorrisos 
encantando os encantados.
Não importa se é rimada 
com palavras difíceis ou se vem simplificada 
é sempre ela, sempre poesia.
Mesmo não querendo ela se manifesta 
nas palavras de um jovem poeta 
ou de um velho sonhador
ela não escolhe ela é aleatória
com ela todos são escritores 
com ela todos podem ter seus amores ou dores depende de cada um.
Ela chega com a chuva ou em dias ensolarados 
em dias cinzentos de outono 
ou em cores cintilantes da primavera  
ela chega de dia 
e as vezes pela noite.
Ela é poesia e se encontra em todos os lugares 
ela desperta com você para vida 
e adormece ao seu lado na morte.
Ela é apenas poesia.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sem Palavras Por Hoje

Hoje é um um dia que não tenho vontade de escrever, nem uma linha, nem uma rima, sem críticas e meu sarcasmo e ironias estão estáveis.
Hoje estou oco, sem inspirações, nem em meus sonhos desta noite achei o que escrever.
O dia não me agrada, monótono, chato e sem graça...
Sinto uma brisa morna e o céu limpo sem nuvens para imaginar formas e um sol radiante e escaldante sem seu brilho incomum.
As árvores não estão à dançar, quem sabe estão se questionando sobre o mesmo penar.
A caneta em minha mão pesa, pesa mais que ma pedra que é arrastada pelo chão, mas o chão em questão é o papel, que nem tão branco me parece.
Nem meus livros hoje estão falando comigo devem estar inconscientes em sono profundo.
Tento ler e em algumas palavras um refúgio buscar para minha inspiração despertar, um Moraes, Veríssimo ou qualquer um que tenha páginas, mas que desgraça nem as palavras estão por aqui, ao certo fugiram deste tédio todo e estão reunidas tomando um café.
E para mim por hoje já chega, pego meu caderno e algumas canetas pois aqui eu não fico.
Livros amados quero uma cadeira ao seu lado e meu café é sem açúcar, por favor.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poetiza

Poetiza, poetiza 
poetiza minha vida 

Poetiza, poetiza 
poetiza céu e mar

Poetiza, poetiza 
aquilo que desejar 

Poetiza o mundo inteiro 
e os outros que podemos imaginar 

Poetiza, poetiza 
chuva e tempestade 

Poetiza,poetiza 
os amores de minha vida 
e de outras vidas 
de todos que podem amar

Poetiza, poetiza 
poetiza apenas por sonhar. 


E o mundo gira 
gira de vagar 
sem que você perceba 
e nem tonto 
possa ficar.
Muita gente quer mudar o mundo 
mas não muda nem sua vida.
E no fim das contas 
esquece do mundo 
e se cala para à vida. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Salve Salve Brasil!

E o grito de dor 
foi abafado por um tiro 
seguido pelo berro 
VIVA A REVOLUÇÃO !

Envolto na mortalha 
salve salve Brasil.

O teu povo submisso 
quem diria Brasil.

O verde e amarelo 
estampado na bandeira 
sai de cena 
e o sangue escorre 
pela ordem e pelo progresso

Teu filho que silencia 
diante de seus 
encantos mil 

Mudo, cego e surdo 
ninguém viu
nada viu 

E o grito 
da garganta 
até que um dia saiu 

Teu filho não foge à luta 
e nas ruas se ouviu 
o eco da liberdade 
em nome do nosso Brasil.