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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Velhas Lembranças Velhas Fotos

São momentos de um passado não tão distante, apenas alguns anos, lembranças frescas, mas escondidas que em cada foto retirada daquela velha caixa retornam ao consciente como acontecidas ontem.
Amigos de infância que pensava levar para toda a vida, mas que nunca mais vi um que outro esbarrar pela rua, mas com olhares de estranhos é um inicio e um fim em um comprimento de leve com a cabeça, ao certo em cada pensamento um questionamento. –Mas eu conheço ele (a) de algum lugar, mas de onde ?
Um último olhar para trás ainda vejo o antigo conhecido dobrar a esquina sumindo novamente no mundo até outro esbarrar outro questionamento.
Lugares que andava e brincava esses ainda estão por ai, suas lembranças uma que outra marca que foi deixada em alguma brincadeira, mas entre tantas outras lembranças juntas ali que não são somente minhas, esses lugares não sabem distinguir suas marcas nem minhas memórias.
É um rosto de outra pessoa em cada foto, deveria ser eu, mas não sou mais aquilo há muito tempo.
Em cada foto um sorriso e um olhar distinto do meu próprio, eu mudei felizmente e infelizmente mudei, mudei para melhor quem sabe pior essas certezas nunca temos, o que temos são velhas fotos para comparar com reflexões no espelho.
Não mais aquele sorriso bobo e ingênuo onde o mundo era pequeno e se resumia aos meus desenhos preferidos na TV, não é mais aquele olhar complacente e amável, naquele tempo eu ainda não conhecia a realidade ao certo ainda desconheço.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013


Escrevendo

Poderia sobre muitas coisas escrever.
Quem sabe as virtudes dos homens.
Suas paixões ou seus temores.
Poderia ao papel passar a angustia da solidão e do desespero.
Poderia muitas linhas encher de lindas palavras rimadas.
Mas isso tantos já o fazem.
Deixo o mundo perfeito para quem acredita nele.
Enquanto eu sigo com minhas palavras vagas, irônicas e imorais.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

domingo, 18 de agosto de 2013

Esquizofrenia Autoral

Era como ser um Deus, não sei se acredito nessas coisas divinas ou criatura mágicas e toda essa coisa, mas se isso existe de fato eu me sentia como um, me sentia com um criador, eu era um Deus, criava e dava a vida depois ao meu bel prazer matava e retirava a vida que tinha concedido, eu permanecia em uma linha tênue entre o que criava e o que eu mesmo era o criador, tudo isso ao rabiscar de minha caneta.
Seu corpo era formado por palavras vagas e soltas que juntas moldavam um ser, um personagem que em muitas vezes mais real que um humano se tornava, seu sangue era da tinta, seus pensamentos esses eram os meus, minhas vontades e por muitos momentos os meus desejos.
Isso era uma parte do que criava ou quem sabe uma parte minha?

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Palavras Cruzadas

São quadrados vazios esperando para serem ocupados, preenchidos e rabiscados.
Horizontalmente ou verticalmente o sentido pode variar, mas apenas uma letra em cada lugar deve ficar. Pouco a pouco os espaços são preenchidos, formando palavras, onde em cada pergunta feita o leitor se confronta com um desafio, colocando a prova seus conhecimentos.
Um presidente de determinado país, algum acontecimento de um passado distante, palavras em outras línguas...
As perguntas são muitas suas repostas únicas e de encaixe perfeito, onde uma resposta completa a outra.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fora de Ordem

São crianças que aprendem a amar em novelas.
São velhos banguelas com suas dentaduras novas.
São Homens bêbados.
São Mulheres e suas crias.
Velhos bêbados.
Mulheres banguelas.
Crianças e suas crias.
Homens que aprendem a amar em novelas.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

Prazer do Tempo e Vice-Versa

Somos levados por forças desconhecidas e até mesmo conhecidas de mais, são prazeres em tempos difíceis ou difíceis prazeres em tempos escassos, mas sempre forças ocultas e desconhecidas de nossa capacidade humana.
Temos o prazer com sua libido sem fim, maquiado muitas vezes por um inconsciente misterioso. Pensamentos aleatórios dentro de uma mente que poderia chamar de confusa e muitas vezes tímida. Escondido entre sonhos e pesadelos, sendo expostas em um diva ou esquecidas em um frasco de remédios. Na outra extremidade temos o tempo, cruel e ambicioso que toma para si todas as coisas, tocando com seus ponteiros a alma humana.
Jogando com cada minuto e segundo de nossa vida, manipulando o que nos cerca impondo seu ritmo.
Ao certo que o prazer deve ter seu tempo como o tempo tem seu prazer, não vou chegar a uma resposta, me falta tempo e prazer para isto ou quem sabe me falta prazer com mais tempo.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Hall de Entrada

Era um belo lugar, magnifico e imponente ao olhar humano.
Um grande salão de pedras frias e homens tão quanto estas.
Ao fundo dois destes homens, conversando e tramando algo, um possível assassinato ou apenas uma reunião de negócios.
O silêncio era total, apenas ruídos da rua que transpassavam as grandes janelas de vidro, que possibilitava uma clara visão do mundo exterior, mas que dificultava o olhar do mundo para dentro do salão.
Por ali outros homens, todos com a mesma roupa e trinados como macacos de circo, era um abrir e fechar de portas, atender e desligar o telefone que tocava de minuto em minuto, um apertar de botão do elevador e se curvar.
Todos muito bem condicionados fisicamente, pois suas mentes longe estavam.
Em cada olhar vago poderia prever seus pensamentos, ao certo era a cama para deitar, a janta na casa da mamãe ou a TV para amortecer os pensamentos.
Dia após dia naquela sequência lógica e irracional de hábitos diários.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Orquestra dos Martelos

Encravados na terra como veias de metal, exposta ao olhar atento dos transeuntes daquela rua.
Era a construção de Chico? Não era.
Era outra menos melódica e sem poesias, mas uma construção com seus sons peculiares.
Sons que formavam uma orquestra, mas não uma de sopro, mas uma orquestra de martelos.
Tac Tec Tec Tac, serra aqui, bati ali, corta lá e tira aqui.
Prega o prego na madeira, joga o cimento na parede, raspa a sobra do cimento e mistura com o suor.
Rec Rec o serrote a cortar ou outra coisa com dentes elétricos a serrar.
Metal contorcido em uma estrutura sólida.
Paredes levantadas do nada e ao nada do céu alcançadas.
O sol queima, escaldando as costas de quem lá está, mas o trabalho não para ele sempre deve continuar. Onde algo foi derrubado, destruído e estilhaçado algo novo se levanta ocupando aquele espaço.
Até que um dia também desocupado, destruído e estilhaçado, Tec Tac Rec Rec na orquestra dos martelos seja renovado.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Um Embate em nome do Ego

Eram palavras ensurdecedoras, palavras que em cada dialogo representavam interesses pessoais. Expressando opiniões de seus próprios egos, eram outras vozes aleatórias aos meus ouvidos, assuntos vagos, assuntos fúteis de pessoas no lugar errado, pessoas apenas sendo figurantes apenas ocupando cadeiras, apenas sendo pessoas.
Nesse confronto a sala se tornava um ataque pessoal de homens e mulheres, protegidos por suas gravatas de marca e seus brincos caros.
Cada um sob sua mesa de madeira de carvalho envelhecida ou algo assim, mas de grande valor.
Grande valor como suas palavras vagas e sem sentido algum, era um aparente interesse no todo que era finalizado com um em nome de Deus.
Ate Deus estava colocado no meio do embate nem ele se escapava.
Era um meu amigo aqui, minha querida ali, sorrisos e abraços, veneno destilado pelo ar, ao fim todos mortos atirados ao chão, ao menos até a próxima seção da câmara de vereadores.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um Livro de Capa Preta

Era um livro pequeno e de fácil carregar, sua capa escura cintilava com seu titulo em letras garrafais pintadas de branco.
Quase no centro de sua capa um pequeno furo que devia ter sido feito por uma ponta de cigarro de algum leitor despreocupado, que lia o tal livro entre goles de café e tragadas de nicotina.
O leitor enchia seus pulmões de fumaça, seu cérebro mantido por cafeína e sua imaginação preenchida pelas palavras do livro, em algum momento, não mais.
Entre aquelas paginas emboloradas e manchadas por dedos sujos de poeira ou de algum alimento qualquer. Ele se perdia entre aquelas palravas, parágrafos, pontos e vírgulas.
Muitas dessas palavras corroídas pelo tempo, rasuradas e mutiladas por movimentos forçados de leitores desinteressadas no livro.
Mas agora de seus cuidados o livro de capa preta necessitava, mas sempre por tempo limitado, pois logo outro o livro arrumaria para ficar ao seu lado, assim como tantos outros e outros ainda antes deste.