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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pesadelo em números e ponteiros.

“Sonhei está noite que era um relógio Fazia tudo pela hora Tudo tinha que fazer Tudo tinha tempo... Acordei atrasado novamente Não vou tomar café Pelo menos do pesadelo me livrei!”
Contos sobre o homem e o tempo. "Todo tempo o homem diz ter, mas ao certo tanto tempo e pouco para o que se deve fazer."

Formigas e Ponteiros

“Mais um pesadelo esta noite Em que formigas estão em meus olhos e boca Desperto pela manha Com ponteiros e números em minha boca e olhos Gostaria de fossem formigas, não relógios”
Contos sobre o homem e o tempo. "Tempo que temos de mais, tempo que temos de menos, mas afinal que tempo nós temos?"

Diagnóstico Sobre A Modernidade

Por um lado uma maior autonomia para o indivíduo, por outro o risco de que o excesso de liberdade, leve à desagregação social. De uma solidariedade mecânica, com predominância a consciência coletiva, à uma solidariedade orgânica onde o indivíduo e altamente diferenciado. Aspectos estes apontados pelo sociólogo Èmile Durkheim, de uma sociedade anômica com problemas morais. Com base no positivismo de Augusto Comte, Durkheim retoma a ênfase da razão, fundando uma sociologia cientifica. Promovendo análise detalhada a sociedade. Suas teorias partem de que a sociedade é superior ao indivíduo, e que essa passa a funcionar de modo independente aos agentes, moldando sua forma de agir, influenciando sua concepção e padronizando seu comportamento. Estas formas de agir possuem três fatores, primeiramente: o exterior, provêm da sociedade e não do indivíduo; segundo: coercitivos, são impostos pela sociedade; e terceira: objetivas, existência independente do indivíduo. Tais fatores são nomeados por Durkheim como fatos sociais. Estes fatos são a maneira padronizada de agirmos em sociedade, que não existem por acaso, estas cumprem uma função. A sociedade é semelhante a um corpo vivo composta de várias partes, onde cada parte cumpre uma função com relação ao todo. Função que a divisão de trabalho cumpre nas sociedades modernas. Uma diferenciação caracterizada pelo processo de evolução social, passando de uma solidariedade mecânica para um sistema orgânico. Mas ambas estratégias de integração social. Em uma sociedade de solidariedade mecânica os indivíduos vivem em comum, pois partilham de uma consciência coletiva. O predomínio do grupo é muito forte, gerando uma cultura comum que os obriga a viver em coletividade. Sistema que funciona, principalmente pelas normas jurídicas que a sociedade cria, são essas as convicções morais. Gerando uma sociedade segmentada que tem vida própria, onde sua estrutura torna-se independente de outras. De outra forma bem diferente, na sociedade de solidariedade orgânica, onde os indivíduos são especializados e altamente diferenciados. Onde os agentes passam a depender do outro. Essa especialização, não é somente ligada ao trabalho, diversas esferas estão cada vez mais especializadas, assim vão se separando cada vez mais entre si, adquirindo uma dinâmica própria de funcionamento. Criando um efeito moral, sua verdadeira função, cria entre as pessoas um sentimento de solidariedade. Contudo o grande problemas desta transição de solidariedade mecânica e sua consciência coletiva, para uma orgânica e sua individualidade, seria o excesso de egoísmo, levando os agentes em colisão, comprometendo assim o “bom funcionamento' da sociedade. Èmile Durkheim denomina de anomia,ou a falta de moral. A sociedade está anômica, carente de normas e valores, bem longe do positivismo “ordem e progres
so”. Émile Durkheim (1858-1917)