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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Eufemismo do Medo

Enquanto andava pela escura e fria viela, ela sentiu que sua espinha tremia, um suor frio descia por sua nuca. O medo lhe tomava, cercando a como uma criança, seu o grito era abafado pelo vento.
Nada poderia lhe salvar.
Ao olhar para frente se depara com uma pequena fagulha de luz, uma chance de vida talvez, para sua salvação... bem ou não.
Ao adentrar no pátio esburacado da casa, viu de longe o que parecia ser uma estátua, algo que conhecia mas não sabia ao certo.
Correndo para dentro do casebre a procura de absolvição, perdão, misericórdia redenção.
Em um canto entre uma vassoura e um saco de sementes, procura abrigo, escuta passos próximos, parece correr em volta do casebre, cada vez mais próximo.
A porta abre se, com um rangido que treme a alma, passos vagarosos em sua direção...
Fecha os olhos para não ver, torce para que seja rápido.
É de repente em um único grito,TE PEGUEI É COM VOCÊ...
Medo uma fantasia do eufemismo, que serve para deixar tudo mais vivo.
O medo trava, mas também impulsiona sua mente a pensar.
*A obra O Grito é uma pintura de Edvard Munch de 1983.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Arquivo Morto

Já faz quase 27 anos que a ditadura militar brasileira teve fim.Chagas de uma sociedade que anda caminha pela rota da democracia. Muitas feridas ainda abertas, muitos corpos ainda sem túmulos, perguntas sem respostas.Talvez tais respostas estejam enterradas em uma cova rasa qualquer. É mesmo tantos anos após este trágico período de nossa sociedade,famílias ainda aguardam a chegada filhos, netos, pais...Pessoas que junto com as respostas sumiram em meio a sangue, balas e papeis, se perdendo, talvez para sempre. O que fica é a luta, o ideal de um povo que gritou para ser ouvido.Porem a gritos de socorro que nunca foram ouvidos,abafados talvez, em porões da ditadura.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Sentido das Palavras

O sentido das palavras é nulo perante seu ideal.
Nada na vida tem sentido, por qual motivo nossas palavras devem ter?
Uma palavra tanto quanto outras muitas esboçam um sonho, um desejo, uma realização, tendo seu molde abstrato.
Em uma sociedade com síndromes o sentido das palavras revela um ato de socorro que clama pela morte rápida e indolor.
Seu sentido não e apreciado.
Suas letras não são lidas.
Seus sonetos não mais ouvidos.
Seus livros esquecidos.
Sua vida apagada, sem sentido ou razão.
O mundo acabando ou não...
Bem apenas as palavras sem sentido restaram.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Utopia!

Esquerda, direita, centro... Tanto faz.O lado que você fica e o que menos importa. A revolução não para, ditadores caem, outros surgem com um belo discurso sobre a democracia.Tudo muda e mesmo assim parece igual. Revolucionários viram mártires, é após anos de orações a sua honra descobre se que não foram tão santos. As causas as mesmas, a duvida igual,a democracia bem... O que não muda e a utopia do cotidiano com suas síndromes de uma sociedade que sofre de baixa autoestima. Bem vindo ao novo ao velho ao comum ao indiferente, bem vindo a mesma UTOPIA COTIDIANA.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Síndrome do Maluco Beleza

O que é ser normal para você?Um bom emprego, ter uma linda família com um cão e um gato, morar em uma linda casinha branca com uma cerca amarelinha? O que é normal de verdade, ser bem visto aos olhos da sociedade? Tal sociedade que sozinha em seu refugio, arrota e peida dando risada de nossa cara. Este estereotipo de normalidade não segue uma razão lógica. Isto e colocado a nossa vida que tal caminho é o normal e quem não seguir de tal padrão e excluído dos braços de nossa pátria amada. “Pois enquanto você se esforça para se um maluco normal, eu aprendo a ser louco em uma sociedade banal...” O que é normal, eu não sei, apenas vejo que a razão segue a lógica da loucura, e maluco beleza ou não, a sociedade impõem um estereotipo de normalidade que não poder ser seguido. Mas o que é normal? Ou melhor, o que é ser normal para você?